YS II 17 Drastrdrsyayoh samyogah heyahetuh

Traduzido do Light on Yoga Sutras, by BKS Iyengar II.17 Drastrdrsyayoh samyogah heyahetuh

Drastra: vidente, self, purusa Drsyayoh: o visto, o conhecido, natureza Samyogah: união, associação, conjunção, conexão, junção, Heyah: abandonar, evitar Hetuh: causa, base, razão, propósito

A causa da dor é a associação ou identificação do vidente (atma) com o visto (prakrti) e o remédio está na sua dissociação. Uma pessoa sábia percebe que a harmonia interior é perturbada quando a mente se deixa ser atraída indiscriminadamente por amostragens do mundo dos fenômenos. Essa pessoa tenta permanecer livre, evitando o apego material: os objetos atraem a inteligência como um ímã, e o eu é atraído por uma relação ilusória com o mundo externo, visível, provocando prazeres e dores. A inteligência é o veículo mais próximo da alma, que deve ter cuidado com a influência da inteligência, se o vidente quer permanecer livre. Caso contrário a inteligência enreda o vidente em uma relação dolorosa com os objetos externos. Enquanto a inteligência não discrimina, há sofrimento. No momento em que ela desenvolve o poder discriminativo, ele compreende sua origem, e se conecta com o vidente. Então, há uma transparência entre o vidente e o visto, permitindo uma passagem livre, sem contaminação entre eles.

O assento do ego ou eu pequeno é o assento do cérebro, e o assento do grande Eu, é no coração espiritual. Embora a inteligência conecte a cabeça ao coração, ela oscila entre os dois. Essa oscilação cessa através do conhecimento correto e da compreensão. A inteligência é, então, transformada: livre da polaridade, pura e imparcial. Esta é a verdadeira meditação, em que o ego se dissolve, permitindo que o grande Eu (purusa) brilhe em sua própria glória (IV.4).