Yogi Zain na Folha de São Paulo - Yoga para presidiários
Quando esteve no Brasil para seu Workshop no Estúdio Iyengar Yoga São Paulo, o querido Yogi Zain concedeu um entrevista à Folha de São Paulo falando sobre seu trabalho voluntário ensinando o Yoga para presidiários.
Confira alguns trechos da entrevista
"Entramos em uma sala sem câmaras de segurança nem guardas, só eu, James e uns 15 detentos. De repente, James me disse que tinha que resolver algo e simplesmente me deixou sozinho com os caras. Eles perceberam o meu medo e disseram, "hei, somos legais, não se preocupe"."
"Já me perguntaram por que ensino pessoas que foram assassinos, ladrões. Mas, quando um médico recebe um paciente com problemas cardíacos, não pergunta se ele é uma boa pessoa, mas o que vai fazer para tratar o coração desse paciente."
"Tive dois alunos que nunca tiravam os sapatos porque essa era uma regra da gangue deles, então deixei eles fazerem as aulas calçados. Também, dependendo do dia, eu não posso entrar usando roupas de determinadas cores."
"Uma vez, eu disse para um guarda que a cada semana havia uma regra diferente, eu não conseguia me acostumar, e ele respondeu: "Você não gostaria de se acostumar com este lugar". Quando ouço uma coisa dessas, sonho com o dia em que as aulas de ioga sejam oferecidas também aos agentes penitenciários"
""Relaxe" é sempre bom. Liberdade é uma palavra ótima, e a ioga usa várias expressões como libertar a si mesmo, sentir a liberdade em seu peito. Eles adoram ouvir essas coisas."
"De três a seis meses. Se eles continuam frequentando as aulas, e a maioria continua, só saem quando acabam de cumprir a pena. É um bom motivo para perder um aluno."
Veja a matéria completa